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Meu primeiro filho nasce na prisão

Sou brasileira, tenho 23 anos e em dezembro de 2018 uma semana antes de vim pra Hong Kong, sair da minha cidade no norte do brasil para São Paulo. Eu estava grávida de 7 meses quando finalmente minha viagem para Hong Kong deu certo. Uma “amiga” me fez uma proposta e na condição que en me encontrava tuve que acutar. 

Eu me encontrava sem emprego, minha família e super humilde, o pai do meu filho não me ayudara en nada naquele momento eu estava frágil e sem saída, não via outra opção, outro caminho. Então fui para São Paulo uma semana antes do natal, fique em um hotel no centro da cidade chamado “São Jorge”, e fique lá algunos días.

Aquele frio me machucava por dentro e por fora, eu sentia meu bebê mexer dentro de mim. A minha mente não parava de funcionar.

Bom como ela havia me prometido que iria me explicar tudo quando eu chegasse, e sa o que ela fez, com paciência e cautelosa me falou atenciosamente assim: “Você vai para Hong Kong, sua viagem já está marcada, vai ficar lá apenas algunos dia, as drogas claro como você já sabe vai com você, elas vão dentro de seu sutiã, vai da tudo certo.”

Ela me preparou me disse tudo como eu ia fazer é finalmente minha viagem chegou, no dia 24.12.2018 sair do hotel pra respirar um ar fresco, estava muito apreensiva, pensei, pensei e repensei, fá estava ali não tinha mais como voltar atrás. Entrei no hotel novamente, comecei a me arrumar, quando finalmente, minha tal “amiga” chegou como o Nigeriano, e me deu um sutiã já com as drogas dentro dele. Eu vestir o sutiã, muito apreensiva, sabendo que tudo poderia dar errado, mas sabendo também que tudo poderia da certo. Porque a “amiga” mesmo me disse que ia dar certo que outras pessoas já havia feito isso, e tinha dado super certo.

A provação começa

Eu já estava ali não tinha mais como voltar atrás, não tinha mesmo! Quando chegou a hora de ir para aeroporto, tuve que pega um taxi e parti.

Na noite do dia 24.12.2018 meu vôo era pras 00:00, peguei meu aéreo fui por escala do brasil para Etiópia, Etiópia para Bangkok e por fim Bangkok para Hong Kong. Meu coração a mil palpitava me alertando de algo, quando cheguei no aeroporto de Hong Kong fiz tudo como manda, peguei os papeis meu passaporte na mão e fui pegar minha mala, quando tudo deu certo fui para imigração, e lá bom lá começo minha história de sofrimento, dois homens me pararom me pedir meu passaporte funto me fizeram muitas perguntas, responder todas, mais não foi o suficiente, bem chamaram duas policiais para fazer uma revista personal em mim, fui conduzida a uma cabine, me pediram para tirar a roupa, e fiz tudo como elas estavam mandando tirei a roupa e por fim o sutiã; elas me perguntaram o que hora dentro, mantive calada, elas abriram meu sutiã e viram que havia algo dentro dele.

Enam liquidos, fizeram teste e deu que era cocaina, fui aprendida por tráfico, no dia 26.12.2018 mais ou menos ás 19;00 de noite em HK no aeroporto internacional.

No dia 26.12.2018 foi apreendida pela polícia do aeroporto de Hong Kong, no dia 29.12.201 fui intimada a ir no tribunal, do tribunal fui para o presídio feminino de Hong Kong.

Ao chegar no presídio, ainda não estava acreditando no que havia acontecido. Então vou mais um momento de choque, eu grávida de 7 meses, passe por várias revista desagradável, era e é ainda uma dor tremenda dentro do coração e da alma, uma tarde super fria, com cairias pessoas gritando, numa língua que eu não entendo. 

Fiquei uma área reservada só para pessoas novatas que chegam aqui, “o hospital”, a gente não dorme, não come, só sale pensar. Pensar na família, nos amigos, no seu país, no sua cidade natal, no sua casa, um problema maior para mim era, eu estava esperando uma criança, como que eu vou fazer?, é o meu primeiro filho, como que eu vou ficar com ele dentro de uma cadeia? Quando isso vai acaba? Era tantas perguntas!

A primeira ligação

Bem os dias foram se passando, de nenhuma maneira eu conseguia falar com a minha família, com a minha mãe. Eu consegui entrar em contato com a minha mãe depois de um mês, foram apenas 20 minutos de ligação, eu só escutava minha mãe chorar, e como se forre mi facas entrando no meu coração, ainda sim manter a calma eu precisava ficar bem. Pelo meu bebe. Mais eu estava em choque, nao tinha forcas, achei que ali era o meu fim, que tudo tinha acabado. Eu nunca mais ia a ver a felicidade, eu só queria o abraço de Deu naqueles momentos! Aquele frio me machucava por dentro e por fora, eu sentia meu bebê mexer dentro de mim. A minha mente não parava de funcionar.

Agora eu sei que nao tem dinheiro no mundo que pague sua liberdade,

Muitas pessoas me perguntaram, por que você fez isso? Querido quando você se encontra numa situação de desespero, com uma mãe com uma doença crônica, um neném chegando na sua vida, o pai do seu filho não ajuda você, minha família e muito humilde, eu me vi em desespero, naquele momento eu só queria me ibra dos problemas, os problemas eram a falta de condição.  

Agora eu sei que nao tem dinheiro no mundo que pague sua liberdade, tou completamente arrependida, aqui no meu desespero, estava frágil, eu fui usada, as pessoas me usaram na minha franqueza. Sim! Pois eu sou ser humano, eu erro com qualquer pessoa erra. Mais de todo meu coração me encontro hoje arrepentida, buscando ando no caminho da verdade, busco o perdão quero ajuda a acabar com tráfico de drogas contando a minha história.

Eu sou a primeira brasileira a ganhar um bebê dentro do presídio do Hong Kong. Num lugar tão triste, desprezível, que só causa dor, envelhecimento, saudade, lágrimas todos o dias cai dos meus olhos ao pensar que muy filho vai fica longe de mim. Hoje eu sou mãe e entendo muito bem o que minha mãe tá sofrendo no brasil. A solidão vai matando aos poucos.

Note: This letter has been edited for grammatical errors to the best of our abilities.